domingo, 17 de julho de 2011

O patrono e a síndrome...

A história é um emaranhado contínuo de influências e aspirações, um grande líder sempre se espelha em outro que governou antes dele, um sonhador sempre se imagina no lugar daquele que adimira, e um artista SEMPRE é fascinado por outro artista, eu não sou excessão.
Não sou clichê de dizer que sigo os ideais de Da Vinci ou Picasso, adimiro um artista ainda vivo, e menos conhecido, sua trajetória é mais uma história de superação do que um conto de glória.



Stephen Wiltshire é um artista um tanto quanto incomum, nasceu em Londres e quando tinha 3 anos foi diagnosticado como autista, durante toda sua infância ele foi mudo, incapaz de dizer uma só palavra; Mas desde sempre foi fascinado pelo desenho, não falava, apenas desenhava tudo o que via...

Stephen desenha o Empire State


Mas Stephen não era apenas autista, ele era portador de uma anormalidade raríssima, com o passar do tempo sua habilidade para o desenho se tornou algo sobre-humano e ele era capaz de desenhar uma cidade inteira apenas observando-a uma vez.
Stephen Wiltshire possuia a síndrome de Savant, um distúrbio tão interessante quanto triste, embora ele consiga reproduzir uma imagem que tenha visto em todos os detalhes, ele não raciocina corretamente, tem a mentalidade de uma criança, e a sindrome de Savant pode piorar conforme a pessoa envelhece, pois as funções neurais também se deterioram com a idade.

Mas Stephen é uma pessoa única, um artista incomparável que o mundo talvez nunca tenha o orgulho de possuir um par, e é por isso que o adimiro tanto, espero um dia poder ao menos me igualar em qualidade à sua arte, que é tão perfeita, tão pura e verdadeira quanto um desenho de criança, mas com a resolução de um fotografia.
Nova York por Stephen Wiltshire
Mas algo de curioso acontece com Stephen enquanto desenha, ele precisa ser constantemente vigiado pois enquanto está concentrado ele esquece de se alimentar, ir ao banheiro ou dormir, ele é capaz de desenhar até a morte por exaustão, os cientistas creem que enquanto ele imagina as cidades que desenha, certas funções de seu cérebro são colocadas em segundo plano e ele simplesmente continua fazendo seus trabalhos até que esteja fraco demais para reagir.

Stephen finaliza a ilha de Manhattan

Uma música para este post:


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